MERCANTILISMO:
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CONCEITOS: MÓDULO 4 UNIDADE 3
MERCANTILISMO: Teoria
económica enunciada nos séculos XVI,XVII e XVIII, que defende uma forte
intervenção do Estado na economia. O objetivo dessa intervenção era o
aumento da riqueza nacional, identificada com a quantidade de metais
preciosos acumulados pelo país. São características do mercantilismo as
medidas de tipo protecionista e monopolista. O termo mercantilismo
designa, igualmente, as políticas económicas que, de acordo com esta
teoria, foram implementadas em grande parte dos países europeus no
século XVII e na primeira metade do século XVIII.
BALANÇA COMERCIAL:
Termo que designa a relação entre o montante das importações e das
exportações. Caso o volume das exportações ultrapasse o das importações,
a balança comercial é positiva, o que se identifica com a prosperidade
do país.
PROTECCIONISMO: Política
económica que impede a livre circulação de mercadorias. O protecionismo
traduz-se, geralmente, por um aumento dos direitos alfandegários sobre
as importações. O objetivo desta medida é permitir o desenvolvimento das
produções internas que, desta forma, se tornam mais competitivas.
MANUFACTURA: Num
sentido lato, o termo designa as diferentes atividades industriais que
não empregam maquinaria e que, por isso, são características das épocas
pré-industriais. Em sentido restrito, aplica-se às grandes unidades
transformadoras típicas dos séculos XVII e XVIII que, para além da
concentração de trabalhadores, recorriam já à divisão do trabalho e ao
uso de tecnologia própria (mas não de maquinaria).
COMPANHIA MONOPOLISTA: Associação
económica geralmente de cariz comercial, à qual o Estado conferia
direitos exclusivos sobre determinado produto ou área de comércio. No
século XVII organizaram-se numerosas companhias monopolistas, na sua
maior parte destinadas ao comércio colonial. As mais poderosas foram as
Companhias das Índias Orientais, as quais os estados (Holanda,
Inglaterra, França) conferiam poderes de justiça, administração e defesa
no Oriente. Estas companhias representavam os respectivos países,
negociando tratados e conquistando territórios, pelo que, para além dos
direitos de comércio, detinham um grande poderio territorial e militar.
CAPITALISMO COMERCIAL: Sistema
económico caracterizado pela procura do maior lucro, pelo espírito de
concorrência e pelo papel determinante do capital como motor do
desenvolvimento económico. Característico da Idade Moderna (séculos XV a
XVIII), o capitalismo comercial tem no grande comércio (e não na
indústria) o seu setor mais lucrativo. Os capitais aí acumulados fizeram
desenvolver as primeiras formas de capitalismo financeiro,
materializado nas atividades bancário e bolsista.
EXCLUSIVO COMERCIAL:
Forma de exploração económica que reserva para a metrópole os recursos e
o mercado das colónias. Trata-se de uma medida protecionista cujo
objetivo é garantir a obtenção de matérias-primas e produtos exóticos a
baixos preços, bem como escoar as produções manufacturadas do país
dominador.
MERCADO NACIONAL: Diz-se
da capacidade aquisitiva da procura interna que, no caso da Inglaterra,
no século XVIII, foi favorecida por:-revolução demográfica;- abolição
dos entraves à circulação de produtos;- incrementos dos transportes;-
crescimento urbano.
COMÉRCIO TRIANGULAR:
Circuito de comércio atlântico que ligava os continentes europeu,
africano e americano. Este comércio, que prosperou sobretudo nos séculos
XVII e XVIII, era suportado pelas necessidades de mão-de-obra das
colónias americanas que dependiam dos contingentes negros para as suas
plantações e explorações mineiras.
TRÁFICO NEGREIRO:
Intenso comércio de escravos negros que canalizou para a América grande
número de africanos, na sua maioria comprados ou aprisionados nas
costas da Guiné, de Angola e de Moçambique. Os escravos eram
transportados em grandes navios negreiros, nas mais desumanas condições,
pelo que uma parte significativa sucumbia durante a viagem.
BOLSA DE VALORES: Instituição financeira em que se transacionam bens mobiliários, como fundos do Estado, ações e obrigações.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL: Em sentido estrito, é um conjunto de transformações técnicas e
económicas que se iniciaram na Inglaterra na segunda metade do século
XVIII e se alargaram a quase todos os países da Europa e da América do
Norte no decorrer do século XIX.
Considera-se,
geralmente, que foi a invenção da máquina a vapor e sua subsequente
aplicação aos transportes e à indústria que provocaram a rápida mudança
nos modos de produção (da manufactura passou-se à maquinofactura).
Em sentido lato, a
revolução industrial significa o conjunto de modificações estruturais
profundas que se estabeleceram na economia, na sociedade e na
mentalidade do mundo ocidental, no período atrás referido.
BANDEIRANTE: Indivíduo
participante numa bandeira, termo pelo qual, a partir do século XVIII,
ficaram conhecidas as expedições armadas que percorriam o interior do
Brasil em busca de ouro ev escravos. As bandeiras prolongaram-se do
século XVI ao século XVIII., tendo como centro São Paulo, pelo que os
bandeirantes são também conhecidos como “paulistas “ ou “gentes de São
Paulo”.
A ação dos
bandeirantes foi também da maior importância para o conhecimento do
território e para a fixação das fronteiras do Brasil.
LUÍS XIV
Conceitos Módulo 4 Unidade 2
Antigo Regime: designação
atribuída ao regime político-social que caracterizou a Europa entre os
séculos XV-XVI e os finais do século XVIII, isto é, do período da
Expansão ultramarina dos estados europeus e do Renascimento até ás
Revoluções Liberais. A designação Ancien Régime teve origem na França.
Alguns países, como a Inglaterra e a Holanda não conheceram este regime.
Sociedade de ordens: organização
social em que existem grupos ou estratos sociais claramente
diferenciados sob o ponto de vista jurídico, condição de nascimento,
prestígio das funções que exercem, trajos e outros.
Ordem/estado: grupo
social dotado de estatuto jurídico próprio, atribuído de acordo com a
dignidade e prestígio reconhecidos à condição de nascimento dos seus
membros ou à função que desempenham na sociedade.
Estratificação social: divisão das sociedades em grupos hierarquizados, segundo determinados critérios: étnicos, económicos, ideológicos ou outros.
Mobilidade social: fenómeno
social que se traduz na circulação ou movimento de indivíduos, de
ideias ou de valores sociais, de uma camada considerada inferior para
uma superior e vice-versa.
Privilégio: direito ou vantagem conferido a certa pessoa, grupo, classe ou ordem, que os demais não têm.
Nobreza de sangue: nobres
de linhagem, isto é, que herdavam a sua condição social dos seus
antepassados, pelo nascimento. A nobreza de sangue foi uma nobreza de
casta (= fechada sobre si própria), que procurou, através de casamentos
entre os seus iguais, o apuramento do sangue, fator da superioridade do
seu estado.
Nobreza de toga: categoria
nobiliárquica constituída pelos elementos do Terceiro Estado que haviam
sido nobilitados por concessão dos monarcas: por mérito pessoal, por
favores ou serviços prestados, ou por inerência dos cargos desempenhados
( no Antigo Regime, certos cargos do funcionalismo público -
diplomáticos, judiciais e administrativos - podiam nobilitar).
Degredo: pena
imposta por certos crimes que consistia em enviar o condenado,
temporária ou definitivamente para um desterro ou exílio longínquo.
Monarquia absoluta: regime
político em que o rei detinha uma autonomia total e absoluta sobre os
seus súbditos, concentrado na sua pessoa todos os poderes do Estado.
Este regime vigorou na quase totalidade dos Estados europeus desde o
século XVI até finais do século XVIII.
Consuetudinária: de acordo com a tradição e o costume.
Sociedade
de corte: conjunto de todos os indivíduos (funcionários, conselheiros,
diplomatas, aios, criados...) que viviam na corte ou a frequentavam
regularmente (cortesãos).
Vínculos: conjunto de bens que se encontravam unidos de modo indissolúvel a uma família.
Comendas: atribuição
do usufruto de bens de ordens religiosas e militares. No início do
século XVII havia cerca de 600 comendas em Portugal.
Morgadios: uma
das espécies de vínculos que se transmitiam apenas ao primogénito
varão. A outra espécie de vínculos eram as capelas, que era um conjunto
de bens em princípio afetos a uma obra pia para assegurar o culto.
Época moderna: tradicionalmente,
circunscrito ao período entre 1453 (Tomada de Constantinopla pelos
Turcos Otomanos) e 1789 (início da Revolução Francesa). Na História
Nova, que desvaloriza as datas e valoriza o tempo longo, a Época ou
Idade Moderna situa-se entre os séculos XV-XVI (Descobrimentos/
Expansão) e os finais si século XVIII (primeiras revoluções liberais). A
Idade Moderna, na Europa, carateriza-se pelo absolutismo, pela
dominação colonial e pelo desenvolvimento do comércio.
Aparelho
burocrático do Estado: conjunto de órgãos políticos e administrativos
encarregados da gestão de um território ou nação, a nível central,
regional e local.
Mare liberium: expressão
latina que significa "mar livre". Foi utilizada para designar a teoria
defensora da liberdade de circulação marítima de todos os Estados.
Opunha-se à teoria do mare clausum ("mar fechado") que, na sequência do
Tratado de Tordesilhas, conferia a exclusividade da navegação a Portugal
e a Espanha.
Companhias
monopolistas: sociedades comerciais, organizadas ou não por ações, que
recebiam do Estado privilégios e regalias a título de exclusividade.
Parlamento: na
Grã-Bretanha dá-se o nome de Parlamento ao conjunto das duas
assembleias legislativas: a Baixa (Câmara dos Comuns) e a Alta (Câmara
dos Lordes). Noutros países, o termo Parlamento designa a assembleia
legislativa única ou câmara baixa (Câmara dos Deputados, Assembleia,
etc.).
Commonwealth: em
sentido histórico restrito à época em estudo, e à letra, significa a
República Inglesa (1649-60) sob a ditadura de Cromwell. Atualmente,
significa o conjunto das ex-colónias inglesas que aderiram a uma espécie
de comunidade, mesmo depois de se terem tornado independentes.
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Conceitos Módulo 4 Unidade 1
Demografia: ciência
que estuda e descreve a(s) população(ões) quanto ao número, estado
físico, intelectual e moral, movimentos gerais, composição,
comportamentos específicos e sua evolução, num determinado período ou
lugar. Em sentido lato, pode definir-se como "a história natural e
social da espécie humana" (A. Guillard).
Taxa de Natalidade: número de nascimentos ocorridos no espaço de um ano, em cada mil habitantes de uma dada população.
Taxa de Mortalidade: número de mortes verificadas anualmente em cada mil habitantes de uma determinada região ou país.
Esperança de vida: duração média da vida humana (em anos), numa dada sociedade e num dado período de tempo.
Crise demográfica: momento
da evolução demográfica de uma população que se caracteriza por um
aumento rápido e anormal da mortalidade, seguido de uma redução coletiva
dos casamentos e das conceções, não havendo reposição demográfica. Em
épocas passadas eram originadas, geralmente, por crises de subsistência
(fomes), associadas ou não a pestes e guerras.
Guerra dos 30 Anos: guerra de origens e motivações político-religiosas, que envolveu vários países da Europa no século XVII (1618-1648).
Pirâmide das Idades: representação gráfica da repartição da população segundo a idade e o sexo.